Vira e mexe, surge nas livrarias um novo guia que promete revelar novos ou velhos segredos da cidade de New York. Jardins secretos, túneis secretos, estações de metrô secretas, teatros secretos, igrejas secretas, e por aí afora. Bom, não vou dizer que não existam locais onde 99,9% dos moradores e dos turistas nunca puseram os pés. Existem, sim. Mas, como se diz, tem um porém.
Na verdade, tem mais de um porém. Às vezes o lugar é feio. Às vezes é destituído de interesse. Às vezes é propriedade privada. E, no mais das vezes, é de difícil acesso. Principalmente por serem afastados das áreas mais frequentadas. E tem ainda um “porém” adicional. Vários guias falam de “lugares secretos” que há muito tempo já não são mais segredo pra ninguém que tenha vindo a New York duas ou três vezes.
Exemplos: a antiga estação de metro do City Hall; a pista de boliche da Frick Collection; os jardins no roof do Rockefeller Center; a Whispering Gallery no Grand Central Terminal; os bares clandestinos nas caixas d’água do Chelsea; The Campbell Apartment; a terceira seção do High Line; etc.
Não posso negar entretanto que existam, não diria segredos, mas locais ou atrações menos conhecidas. E que talvez mereçam sua atenção numa próxima viagem. Principalmente se você gosta de fotografar.
Aí vão as sugestões do abrindoobico, algumas próximas, outras que exigem um pouco de esforço: o Marble Cemetery, atrás do Bowery Hotel; as cinco seções do Muro de Berlim no Paley Park da Madison; as ruínas do Smallpox Hospital na Roosevelt Island; the Staten Island Boat Graveyard, na ilha do mesmo nome; o Loews Theatre, na 46; a Blockhouse, no Central Park, um antigo forte para a defesa contra os ingleses; o Chinese Scholar’s Garden, em Staten Island; o Tudor City Greens, na 42; o Greenacre Park, na 51; o Pomander Walk, com suas casas em estilo Tudor, no Upper West Side; etc, etc.
Se houver interesse, posso alongar a lista. Mas por enquanto ela já está de bom tamanho. Se visitar algum dos locais, depois conte e, principalmente, mostre pra gente!